Numa fase em que se fala tanto nos campeões de inverno noutras modalidades, poderia-se também atribuir um trófeu extra para colorir a nossa história, uma "taça da liga KPA" ou "troféu KPA anual"...
Vários foram os modelos já adoptados pela nossa organização, desde campeonato por equipas a campeonato feminino tudo serve para alegrar a vida deste blog e dos nossos participantes, mas na verdade o formato mais coerente com as nossas caracteristicas e objetivos é o de uma temporada constituída por dois anos civis para agendar entre 7 a 8 provas por campeonato.
Se na verdade parecem poucas provas para tanto tempo (embora tenha sido assim que se iniciou a recente modalidade mediática da formula E) a verdade é que um campeão nosso que vale por dois anos carrega um peso a dobrar não só a nível mental na forma como tem de manter o foco no objetivo primordial durante 730dias!...como físico, exigindo preparação e cuidados quase de atleta, numa longa travessia que se pretende constante e em tanto tempo muito pode acontecer na vida de cada um... Para além disso fica o paradoxo que embora indo quase para o seu 9ºano de existência....o campeonato KPA só teve até agora 3 campeões!
Por isso este estudo para além de ter vindo reencontrar personagens já afastadas no tempo, mas que fazem parte da nossa história com a sua habilidade em pista e alegria fora dela, vai enaltecer ainda mais o feito que é ser campeão KPA no final de uma temporada de 2 anos. As regras e os formatos do nosso campeonato irão-se manter assim ,contudo a nossa equipa de estatística e números estava com pouco para fazer e resolveu fazer o exercício de atribuir campeões anuais para perceber que dados e ilações poder tirar...e foram muitos!
A regra é muito simples todos os anos civis os participantes começam com zero pontos e o campeão é quem mais somar antes do reveillon.
Assim no quadro abaixo verificam-se os anos civis, o nome do campeão, o número de pontos, o número de provas que nesse ano o campeonato teve em confronto com o número de provas realizadas pelo piloto. Acompanhando este estudo foi feito também a eleição para o vice-campeão dentro dos mesmos moldes. A exceção foi o ano renhidíssimo e inesquecível de 2016 que culminou a temporada em 2017 consagrando Vasco Parracho e em que o houve dois vice-campeões; Luis Ranito e André Parracho.
As conclusões são muitas a primeira é que Sérgio Silva e Sérginho se juntam á lista do trio dominador. A segunda é que Bap seria tricampeão, Vasco Parracho bicampeão e André Parracho apenas alcançaria o troféu da anualidade no ano transacto, embora seja o único piloto que se pode gabar em nove anos de ter lutado sempre pelo título até á última prova! Obviamente teria de ser no mínimo o rei dos vice-campeões com 3 conquistas seguido por Luis Ranito com duas.
Os dados também são interessantes em relação aos vice-campeões, nomes como Isaque Avelino, José Santos, Luis Ranito e mais recentemente João Moço juntam-se também à galeria dos medalhados.
Acabamos por ter uma visão mais realista e aproximada daquilo que se passou a cada ano, mas não deixa de ser interessante como a primeira metade de cada campeonato pode por vezes ter determinados protagonistas e a segunda outros...veja se a temporada 2014/2015, André Parracho foi campeão nessa temporada sem ter sido campeão em nenhum dos dois anos, embora não tenha sido campeão em 2014 por apenas 4 pontos...De salientar o record de pontos por prova alcançado por José Santos que em 3 provas obteve 68 pontos, não batendo serginho com 5 provas por apenas 2 pontos....
Outro caso de estudo foi a primeira temporada, que se dividiu em 3 anos (entre a primeira prova no campera e a segunda no Kiro passou-se um ano) e salientou-se o dominio de Pedro Bap em 2012 e 2013, contudo se juntássemos os pontos de 2011 e 2012(fugindo à regra de que em cada ano todos começariam com 0 pontos) André Parracho e Sérgio Silva seriam campeões empatados com 51 pontos!...De salientar igualmente a ascenção de Vasco Parracho em 2013 que em 2011 e 2012 estava quase fora do top10...estando claramente ligada a sua performance de 2013 ao inicio da introdução dos lastros.
Por fim convém salientar que nos últimos 3 anos foram os anos em que os candidatos ao titulo mais lutaram roda a roda pela vitória, Vasco Parracho, André Parracho e Luis Ranito em 2016/17 e em 2018 com os irmaõs Parracho e João Moço, contudo esse equilibrio não foi mais notório a nível pontual do que em anos em que os candidatos nem se cruzavam nos pódiums...o que dá para vislumbrar a quantidade de variantes que constroem o sucesso ou insucesso nesta modalidade apaixonante que é o Karting...
Sobre este tema do troféu anual ou de inverno caberá aos participantes decidirem se o querem oficializar ou utilizar apenas como instrumento de estatística.